Foto salva em 05.06.2019, 07h39

05.06.2019

Qual a diferença entre radiação ionizante e não ionizante?

A radioatividade foi descoberta pelo cientista francês Antoine Henri Becquerel em 1896. A descoberta ocorreu quase que ocasionalmente: Becquerel realizava pesquisas sobre a fluorescência de sais de urânio e constatou que o urânio emitia espontaneamente uma radiação misteriosa. Esta propriedade do urânio para emitir radiações, sem ser previamente excitado, foi chamado de radioatividade.
A descoberta levou a um grande número de pesquisas sobre o assunto. Talvez, o estudo mais importante em termos de caracterização de outras substâncias radioativas foram feitos pelo casal, também francês, Pierre e Marie Curie, que descobriram polônio e rádio, ambos em 1898.
A natureza da radiação emitida e o fenômeno da radioatividade foram estudados na Inglaterra por Ernest Rutherford, principalmente, e por Frederick Soddy. Como resultado, logo se sabia que a radiação emitida poderia ser de três classes diferentes: alfa, beta e gama. Também descobriu-se que, ao final do processo, o átomo radioativo original se transformava em um átomo de natureza diferente via transmutação atômica. Também é dito (e esta é a terminologia atual) que o átomo radioativo experimentou uma desintegração.
Hoje sabemos que a radioatividade é uma reação nuclear de "decomposição espontânea”. Isto é, um nuclídeo instável é decomposto em um nuclídeo mais estável, enquanto emite uma "radiação". O nuclídeo filho (o que resulta do decaimento) pode não ser estável e depois se desintegra em um terceiro, que pode continuar o processo, até que finalmente um nuclídeo estável seja atingido. Os nuclídeos sucessivos de um conjunto de decaimentos formam uma série radioativa ou família radioativa.
Por último, todos os isótopos de elementos com um número atômico igual ou superior a 84 são radioativos (o polônio é o primeiro deles) e os isótopos radioativos de elementos cujos isótopos naturais são estáveis são, atualmente, obtidos no laboratório. A este processo de produção de isótopos radioativos em laboratório chamamos de radioatividade artificial. A primeira produção laboratorial de um isótopo radioativo artificial foi realizada em 1934 pelo casal Frédéric Joliot e Irene Curie, filha dos cônjuges de Curie.
O termo radiação é usado genericamente para designar energia eletromagnética ou partículas de material de uma fonte emissora que se propagam no espaço. Na ausência de campos eletromagnéticos, essa propagação é retilínea.
Certas radiações são capazes de produzir íons (partículas carregadas, por exemplo, pela remoção de elétrons de seus átomos) à medida que passam pela matéria, razão pela qual eles recebem o nome genérico de radiação ionizante.
Em alguns casos, a radiação é formada por partículas carregadas que têm energia cinética suficiente para produzir íons em sua colisão com os átomos que elas encontram (elas são chamadas de radiação diretamente ionizante). Em outros casos, a radiação é formada por partículas não carregadas que podem dar origem à liberação de partículas diretamente ionizantes, e é por isso que elas são chamadas de radiação indiretamente ionizante.
As principais radiações ionizantes são: radiação alfa, beta e gama, raios X e nêutrons. Destes, os dois primeiros são diretamente radiações ionizantes, e os outros são indiretamente ionizantes.

Colaboração: Dr. Cássio Costa Ferreira - Qualified in Diagnostic Radiology Physics - ABFM RX 287/1428

Crédito da Imagem: https://radioprotecaonapratica.com.br/radiacao-entenda-de-uma-vez-por-todas/

Link da matéria original abaixo:
Diferencia entre radiación ionizante y no ionizante